sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Oakley

Tudo começou em meados dos anos 70 quando o “cientista” Jim Jannard, um jovem desertor do curso de farmácia da Universidade de Southern California e aluno rebelde e aventureiro, deixou a faculdade e passou a vender equipamentos de motocicletas na carroceria de sua caminhonete em eventos de MotoCross, esporte que praticava em seus tempos de folga. Em 1975, munido de apenas US$ 300 e um laboratório improvisado na garagem de sua casa, criou manoplas de motocicletas (capas que revestem as extremidades do guidão) com design e material inovadores - de forma orbicular, projetadas para receber a mão do piloto que, feitas de um material chamado unobtanium, uma espécie de borracha hidrofílica, proporcionava adesão perfeita quando em contato com a água, permitindo assim executar manobras com muito mais segurança. Esse material é até hoje utilizado nos óculos da marca, principalmente no suporte do nariz. Algum tempo depois, ele percebeu que somente a venda das manoplas não havia trazido tanto sucesso quanto esperava. Era preciso criar algo diferente.
omo um grande empreendedor, pensou desenvolveu óculos que pudessem ser utilizados nas “pistas” e trouxessem, além de qualidade ótica, resistência a impactos e proteção contra os raios nocivos do sol. Isto ocorreu em 1980 com o lançamento do O FRAME MX, conhecido como Goggles, que com seu designer curvilíneo e lentes especiais rapidamente encontrou adeptos entre atletas profissionais como Mark Barnett, Marty Smith, Johnny O‘Mara e Jeff Ward, que passaram a utilizá-los devido a sua claridade e ampla visão periférica. Apesar disso, mais uma vez, os óculos que continham o logotipo da marca na alça para que fosse reconhecida mais facilmente, não obteve sucesso, e acabou retirado do mercado tempos depois.
Em 1983 foram introduzidos na linha de produtos da marca óculos especiais para a prática de esqui na neve, que foram batizados de O FRAME SNOW. Em pouco tempo o logotipo da marca, presente na lateral dos goggles, se tornou um símbolo de peso no circuito esportivo mundial. A da marca história começou a mudar em 1984 quando a OAKLEY lançou um óculos escuro chamado Eyeshades, que era feito de plástico e tinha lentes removíveis. Esses óculos foram popularizados por Greg LeMond, vencedor do Tour de France, e outros ciclistas profissionais. Rapidamente os óculos da marca ganharam enorme reputação em virtude da alta qualidade e estilo único, levando a OAKLEY a se expandir e ficar conhecida, não somente nos Estados Unidos como também em outros países do mundo. A partir de então, a OAKLEY começou a introduzir novos modelos de óculos de sol, entre eles o Blades (primeiros óculos personalizáveis do segmento), X-Metal (com a primeira armação toda de metal esculpida em 3-D do mundo, esse modelo foi amplamente utilizado por Michael Jordan, Ichiro Suzuki e Juan Pablo Montoya), Half Jacket (cujas lentes podiam ser trocadas em segundos, oferecendo o melhor desempenho possível para as condições atuais de luz), Sub Zeros (mais leve do que qualquer modelo de óculos de sol do mundo, com lentes criadas a partir de um contorno único e contínuo de Plutonite®) e M-Frame (primeiros óculos personalizáveis do mercado).
A marca registrou mais de 600 patentes (que vão desde proteção para lentes de óculos até peças específicas da haste) e 1.100 marcas, incorporando alta tecnologia na sua linha de óculos. A empresa utiliza desde materiais como Titânio, Magnésio, Acetato, até Kevlar na confecção de seus óculos. Somente em julho de 1999 a marca inaugurou sua primeira loja própria, chamada
O Store, na cidade de Irvine, estado da Califórnia. O sucesso da loja levou a inauguração de seu primeiro outlet (loja de desconto) na cidade de Milpitas, também na Califórnia.
A marca ganhou tanta força que os executivos da empresa resolveram estender o estilo e inovação à outras linhas de produtos. Em 2000, foram criadas e desenvolvidas linhas de roupas e acessórios, o que converteu a OAKLEY em uma grife de estilo de vida. Para ter uma idéia da velocidade dessa expansão, somente em 2002 a marca lançou nada menos que 413 novos produtos no mercado. Aos poucos a OAKLEY foi expandindo ainda mais sua gama de produtos e ao mesmo tempo, que quebrou as barreiras da tecnologia em óculos, que vão desde US$ 65 à US$ 375, ingressou no mercado de calçados, relógios, vestuário e demais acessórios esportivos. No final de 2007 o grupo italiano Luxottica, maior fabricante mundial na produção, fabricação e distribuição de óculos de sol, anunciou a fusão com a OAKLEY, avaliada em aproximadamente US$ 2.3 bilhões.
Recentemente, em 2008, a marca americana lançou uma polêmica linha de produtos. A OAKLEY não queria, definitivamente, discrição. A marca introduziu no mercado americano uma touca repleta de dreadlocks, tipo de penteado muito comum entre os cantores de reggae, e batizou-a de Oakley Medusa Hat. Para combinar, a marca criou óculos bem grandes e cheios de estilo que podem ser usados em pistas de esqui. Outro recente lançamento da marca é a linha Elite, formada por relógios, botas e óculos produzidos em fibra de carbono, material leve e extremamente resistente. O resultado foi tão bom que até o exército americano encomendou milhares de botas da linha Elite para seus soldados, um projeto que demorou dois anos para se concretizar.
Um dos segredos do sucesso da marca está justamente na filosofia de distribuição seletiva que pratica. Os varejistas são criteriosamente selecionados por sua capacidade em agregar mais valor à tecnologia OAKLEY, tendo como alvo lojas de varejo especializadas para uma contínua infiltração no mercado. A empresa se dedica ao treinamento de sua equipe de vendas aperfeiçoando sempre a imagem da marca. O resultado é uma apresentação impecável e apaixonada do produto ao cliente. Além disso, procurando conciliar o esporte, a tecnologia e a moda, a OAKLEY tem conseguido cada vez mais agradar aos mais diversos estilos, que identificam a marca como sinônimo de qualidade e de investimento no jovem. A marca inventa cada novo produto com uma filosofia de design chamada física escultural: a disciplina de resolver os problemas com ciência envolvendo essas soluções com arte. Com apoio de uma infraestrutura que inclui as mais recentes ferramentas da tecnologia, os engenheiros e artesãos da empresa continuam expandindo a gama de categorias de produtos da empresa. E sempre com enorme sucesso junto ao público formador de opinião e atletas profissionais de ponta.

Exclusivo


Definitivamente os óculos são a grande paixão, obsessão e fonte de inspiração da marca americana. Há mais de 30 anos a OAKLEY tem liderado o caminho em maximizar o estilo das lentes e o desempenho técnico. As lentes polarizadas da OAKLEY são projetadas com um processo de infusão líquida que une as moléculas do filtro polarizador e da lente, eliminando a distorção encontrada nas tecnologias convencionais. Não é nenhum exagero afirmar que a OAKLEY faz a diferença, e o consumidor colhe os benefícios quando colocar os óculos da marca. Ao longo dos anos, sete dessas tecnologias exclusivas da marca americana colocam suas lentes polarizadas no topo do mercado.
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Hiper Definição Ótica (HDO): uma coleção de tecnologias que inclui inovações patenteadas para clarida ótica e desempenho inigualável.
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Eixo de polarização: a orientação do filtro polarizador é crucial para o desempenho, por esse motivo a marca mantem a precisão intransigente das normas EN1836.
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Molde por Infusão: o material das lentes se une ao filtro polarizador no nível molecular para eliminar a distorção.
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Cores das Lentes: é possível combinar ótica com o ambiente escolhendo a partir de um espectro de cores de lentes opcionais.
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Emissão Polarizada: esta medida de eficiência de polarização excede 99% nas lentes da marca, um nível de desempenho inigualável na indústria.
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Resistência a Impactos: os óculos de desempenho da marca cumprem todas as normas de resistência à impactos da American National Standards Institute.
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Hidrofóbico: Tecnologia que ajuda a manter a visão clara e nítida ao evitar o acúmulo de água e repelir óleos e impurezas das lentes. Poeira, sujeira e outras partículas não são atraídas à lente por eletricidade estática.

A Sede
Para conhecer intimamente o universo da marca OAKLEY é preciso ter o privilégio, destinado a poucos, de poder entrar em seu headquarters (como os americanos chamam a sede principal de uma empresa), tendo a chance de circular em áreas muito restritas. O futurístico quartel general da marca, localizado em Foothill Ranch, um polo industrial no interior Califórnia a 30 minutos de Orange County, é absolutamente diferente de tudo e tem a alma da OAKLEY. A primeira visão que se tem daquela fachada, que mais parece um banker e se destaca por sua imponência, é algo inesquecível para toda vida. Principalmente com o azul do céu californiano como moldura em uma região árida e montanhosa. Parece até que uma filial de Hollywood se instalou ali com um cenário de ficção científica, de filmes como Guerra nas Estrelas, Blade Runner ou Alien. Mas a One Icon (nome oficial da sede que, traduzido, significa “ícone número um”, uma alusão ao “O” de OAKLEY usado como ícone no logotipo), construída em 1997 ao custo de US$ 35 milhões, está muito longe de ser ficção. Apesar da arquitetura, em cujo estilo impera o concreto e o ferro, e da temática bélica, o clima é de paz. Jovens funcionários trajando bermuda, camiseta e chinelo se debruçam sobre pranchetas criando os próximos itens da marca, enquanto as músicas de Bob Marley e Red Hot Chili Peppers ecoam na sala. Porém, o verdadeiro show começa ao entrar no prédio. É comum se deparar com funcionários chegando de skate, outros do departamento de design estacionando suas bicicletas na porta da sala na volta do almoço e também alguns andando em meio ao escritório com seus cães. A arquitetura do hall de entrada reproduz a nave de uma grande catedral, porém sem conotações religiosas e com toda a reprodução do DNA OAKLEY em seu interior: um clima meio sombrio com ares urbanos, cheio de atitude, com um gigante exaustor em uma das extremidades, tubulações, canos, e arruelas enormes.
Além disso, um torpedo da marinha norte-americana, provavelmente utilizado na Segunda Guerra Mundial; e um carro de corrida com um ar futurista; decoram o hall. Na outra extremidade, duas áreas são reservadas a uma
O Store (nome das lojas OAKLEY quando atua diretamente no varejo), pois a sede é visitada diariamente por muitas pessoas, sedentas para banharem-se do espírito da marca e conhecer mais de perto o império criado por Jim Jannard. A empresa guarda a sete chaves os segredos de seu modo de criação e produção. A preocupação é tão grande que no interior da sede é proibido acionar câmeras fotográficas. O local mais bem guardado é o departamento de design. No departamento do desenvolvimento de tecnologia, máquinas a todo vapor põem em prática os ousados projetos idealizados por uma moçada bastante jovem. As duas áreas caminham de mãos dadas e fazem da OAKLEY mais do que apenas uma grife. Ela é, na verdade, uma usina de idéias inovadoras com mais de 600 patentes registradas. 
 
O prédio também abriga um pequeno museu, que reúne peças e campanhas publicitárias lançadas no decorrer dos anos, inclusive as manoplas originais, primeiro produto da marca; um sensacional teatro high-tech, com capacidade para 500 pessoas, onde ocorrem muitos eventos dos mais variados tipos; uma quadra de basquete oficial com as cores do Chicago Bulls (preto e vermelho), que além de servir para recreação dos funcionários, é utilizada por atletas e profissionais para testes de produtos e também para treino das equipes de basquete da NBA (National Basketball Association) que, quando estão na região, dão uma passada por lá. E a razão do ex-time de Michael Jordan “estampar” a quadra é que, durante muitos anos, o astro do basquete mundial nos anos 90 foi um grande parceiro da OAKLEY, participando, inclusive, do conselho de administração da empresa e atuando como colaborador no desenho e criação de um dos modelos de óculos, além de ser garoto-propaganda da marca.

A Marca

A marca OAKLEY patrocina alguns dos melhores atletas do mundo em esportes como BMX, mountain bike, esqui, snowboard, wakeboard, hóquei, golfe (Ricky Barnes e Zach Johnson), automobilismo (Juan Pablo Montoya, Dario Franchitti e Tony Stewart), vôlei de praia (Kerri Walsh e Priscilla Lima), surf (Adriano de Souza, Tom Whitaker, David Weare, Kalani Chapman, Rico Jiminez, Julian Wilson e Bruce Irons), skate (Bob Burnquist e Sandro Dias), tênis (Janko Tipsarevic) e ciclismo (Lance Armstrong e Frank Schleck). Seu maior garoto-propaganda é justamente o campeão de ciclismo Lance Armstrong, para o qual a marca desenvolve produtos especiais como os óculos de edições especiais Livestrong. Os modelos eram revestidos nas cores amarelo e preto (cores de Lance Armstrong e de sua Fundação) e levavam a inscrição Livestrong incisa a laser nas lentes. Eles apresentavam alta definição ótica, nitidez e um inovador revestimento nas lentes que as deixava imunes à água, óleo e poeira. O logotipo da OAKLEY mudou bastante no decorrer dos anos, especialmente na década de 90. Hoje em dia, o reconhecimento da marca chegou a tal estágio que apenas o tradicional “O Icon” é utilizado como logotipo. É o mais puro exemplo de Branding.
Hoje em dia a OAKLEY possui mais de 250 lojas próprias (incluindo as Oakley Vaults, lojas de descontos da marca), está presente em 110 países, com faturamento superior à US$ 1.3 bilhões, emprega 3.400 pessoas, além de produzir mais de dez milhões de óculos anualmente. Décadas de inovação levaram a uma gama completa de produtos, incluindo vestuário e acessórios (carteiras, cintos mochilas e bolsas), óculos de prescrição, calçados (além de uma linha completa de sandálias e sapatos de golfe premium, oferece calçados para neve, caminhadas, corridas de automóveis e aplicações militares), relógios e eletrônicos. Aproximadamente 75% do seu mercado é composto pela venda de óculos, 56% nos Estados Unidos e 44% em outros países. Atualmente, o Brasil possui seis lojas OAKLEY e responde por 10% dos negócios mundiais da empresa. A OAKLEY é considerada uma das marcas mais luxuosas e inovadoras do mundo, ao lado de grifes como Audi e Absolut Vodka.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Microsoft


Tudo começou quando a era do microcomputador teve início em 1974, com o lançamento, por parte da Micro Instrumentation and Telemetry Systems (MITS), do Altair 8800. William (Bill) Gates, que desde os 13 anos desenvolvia programas para computadores, e o seu colega de liceu e amigo de infância, Paul Allen, integraram este projeto ao desenvolverem um software para o Altair. Convictos de que o microcomputador seria uma ferramenta indispensável em um futuro muito próximo, ambos abandonaram a tradicional Universidade de Harvard e se mudaram para a cidade de Albuquerque, estado americano do Novo México, onde no dia 4 de abril de 1975, eles fundaram uma empresa com o objetivo de vender interpretadores da linguagem BASIC para o computador Altair 8800 da MITS. “Um computador em cada casa e em cada mesa de trabalho”, essa era a proposta da nova empresa. O nome escolhido para a nova empresa foi MICROSOFT, uma junção das palavras inglesas “microcomputer” e “software”.
No ano seguinte o nome MICROSOFT foi registrado oficialmente como marca. Neste período ocorreu o lançamento do Microsoft FORTRAN, para computadores baseados em CP/M. Em 1978 já estabelecia seu primeiro escritório internacional no Japão, encerrando o ano com vendas superiores a US$ 1 milhão. A sede da empresa, com então 16 funcionários, foi transferida em 1979 da cidade de Albuquerque para a Belleuve, estado de Washington. Nesse mesmo ano a empresa iniciou seu ingresso no mercado europeu. A partir deste momento a MICROSOFT começaria a mudar milhões de vidas com lançamentos de produtos revolucionários como o MS-DOS 1.0 (Microsoft Disk Operating System - Sistema operacional em disco) introduzido no dia 12 de agosto de 1981, quando a IBM lançou seu computador pessoal com esse sistema operacional de 16 bits. Em troca de um pagamento irrisório, a IBM se comprometeu a usar exclusivamente o programa da MICROSOFT. Com a força da IBM por trás, o MS-DOS se tornou em poucos anos a plataforma padrão da indústria de computadores pessoais. Em 1982 a empresa, além de começar a desenvolver aplicações para o Macintosh da Apple, lançou o COBOL e a planilha eletrônica Multiplan para MS-DOS.
Com os lucros adquiridos nesses anos, Gates construiu a nova sede da MICROSOFT em Redmond, estado de Washington. Nos anos seguintes a empresa desenvolveu produtos que iriam marcar a evolução dos tempos e forma pela qual nos comunicamos:
Microsoft Mouse (1983), um mouse de computador que possuía dois botões.
Microsoft Word (1983), editor de texto mais utilizado do mundo.
Windows 1.0 (1985), sistema operacional que se tornou um dos maiores sucessos da história da computação.
Microsoft Excel (1987), programa de planilhas eletrônicas que já possuía uma versão para MAC, lançada dois anos antes.
Microsoft PowerPoint (1987), programa utilizado para edição e exibição de apresentações gráficas no sistema operacional Windows.
Microsoft Office (1989), suíte de aplicativos para escritório que continha em sua versão inicial programas como processador de texto (Word), planilha de cálculo (Excel), banco de dados, apresentação gráfica (PowerPoint), gerenciador de tarefas, e-mails e lista de contatos.
Microsoft BallPoint Mouse (1991), especificamente desenvolvido para ser utilizado em laptop.
Microsoft Encarta (1993), primeira enciclopédia feita especialmente para computador.
MSN - Microsoft Network - (1995), portal de Internet que se transformaria em um dos mais acessados do mundo.
Microsoft Explorer (1995), navegador para Internet, que por muitos anos dominaria o mercado.
MSN TV (1995), introduzida inicialmente pela empresa WebTV Networks, pioneira em serviços interativos para televisão, que seria comprada pela MICROSOFT mais tarde adotando o nome atual.
Microsoft Outlook (1997), programa utilizado para o gerenciamento de contatos, tarefas, mensagens de e-mail, agenda e outras informações, como histórico dos documentos eletrônicos utilizados.
Microsoft Front Page (1997), editor de páginas para Internet.
MSN Messenger (1999), programa de mensagens instantâneas que revolucionou a forma como as pessoas se comunicavam.
E as inovações deste celeiro de surpresas tecnológicas não pararam por aí. A empresa criou em 2001 uma nova tecnologia chamada Microsoft.NET. Tal tecnologia pretendia funcionar como o elemento que ligaria pessoas e máquinas através da Internet, como competidora tardia do Sun Java. Gerou muita desconfiança entre analistas de todo o mundo, que acusaram, mais uma vez, a MICROSOFT de tentar ampliar seu monopólio para outros segmentos da Internet, como e-mail, compras on-line, bate-papos, etc.
Porém, nem só de software e sistemas viveu a MICROSOFT, que lançou outros produtos como o console de videogame XBOX, introduzido no dia 15 de novembro de 2001 no mercado americano com preço estimado de US$ 299.99. Com um desempenho gráfico três vezes superior ao de outros videogames, o aparelho possuía leitor de DVD de máxima qualidade e som surround Dolby 5.1 para jogos e filmes, e um disco rígido que possibilitava toda uma nova forma de jogar e uma nova experiência em entretenimento. O designer da MICROSOFT, Horace Luke que projetou o desenho do XBOX, diz que não escolheu o verde para ser a cor do console, o que aconteceu foi que o único marcador fluorescente que estava com ele era o verde. Então depois de criar os rascunhos com o verde, o design do console ficou bom e a cor se tornou oficial. O lançamento foi apontado por muitos como o melhor da história do segmento de videogames. Somente nos primeiros meses nos Estados Unidos o console vendeu mais de 1.5 milhões de unidades, estabelecendo-se como um dos mais populares videogames do mundo. A segunda versão do console, denominada XBOX 360, foi lançada no mês de novembro de 2005, sendo 15 vezes mais rápida que a versão original. O console já vendeu mais de 92 milhões de unidades desde seu lançamento. Outro produtos lançado pela empresa em uma tentativa de diversificar sua área de atuação foi o tocador portátil de música digital para concorrer com o popular iPod, batizado de MICROSOFT ZUNE, introduzido no mercado no dia 14 de novembro de 2006.
Nos últimos quatro anos, a MICROSOFT lucrou mais de US$ 65 bilhões. É um desempenho impressionante, principalmente se comparado ao de seus concorrentes na área de tecnologia. Mas isso não se refletiu no preço de suas ações, que praticamente ficou estagnado neste período. O problema é que todo esse dinheiro vem de apenas dois produtos: o sistema operacional Windows e o pacote de automação de escritório Office. Eles são os suportes da MICROSOFT, que reina absoluta no mundo dos computadores pessoais. Mas isso está mudando e a empresa tem se esforçado para ganhar seu quinhão em outros segmentos, que serão muito mais lucrativos no futuro. Por exemplo, em 2008 a empresa lançou silenciosamente nos Estados Unidos sua loja virtual, onde os usuários podem baixar softwares (o download é feito diretamente do site, eliminando completamente a mídia física do processo) e comprar assessórios, como Xbox, mouses, teclados, jogos, linguagens de programação e produtos corporativos. Na área de buscas, lançou oficialmente no dia 3 de junho de 2009 o Bing, que em pouco tempo se tornou o segundo motor de buscas do mundo, superando o Yahoo. Além disso, fez uma nova aposta no mercado de telefonia móvel ao lançar em 2010 o WINDOWS PHONE 7, sua renovada plataforma para smartphones, que privilegia conteúdos que refletem as atividades que mais importam para os consumidores, como música, games, fotos e trabalho, em uma tentativa de competir diretamente com o iPhone e os aparelhos Android, que rodam o software do Google. Em 2011 a empresa anunciou a compra do Skype por US$ 8.5 bilhões, aumentando assim sua oferta de comunicação em vídeo e voz em tempo real. A ideia é que a MICROSOFT integre os 663 milhões de usuários do Skype no mundo com a rede Windows Live, Xbox Live, o gerenciador de e-mail Outlook e que também seja usado no sistema operacional Windows Phone. Além disso, lançou oficialmente sua loja de aplicativos para smartphones e tablets, batizada de WINDOWS STORE, que busca oferecer mais benefícios aos desenvolvedores dos programas do que seus rivais da Apple e da Google.
Além de tudo isso, em 2012, dando continuidade aos planos de revitalizar a empresa e a marca, a MICROSOFT apresentou uma nova identidade visual, anunciou uma nova versão do Office e do seu e-mail, novos serviços para o XBOX, além das novas versões do Windows e do Windows Phone. Além disso, em uma demonstração de ousadia ao ingressar em um mercado dominado pela Apple, a empresa anunciou o tablete SURFACE, que vem acompanhado por teclado ultrafino, com três milímetros de espessura em cinco opções de cores diferentes, e se encaixa também na categoria de ultrabook. O tablet é equipado com Gorilla Glass, tipo de vidro que promete ser resistente a riscos e vem com capa integrada, operando tanto com o sistema Windows RT quanto com o Windows 8 pro. Conta ainda com uma tela de 10,6 polegadas. Além disso, a MICROSOFT confirmou que o tablet terá uma série de acessórios. Entre eles uma caneta stylus - com dois sensores, um para o toque e outro para a tinta digital - que vê a proximidade do objeto na tela e deixa de receber os comandos dos dedos do usuário. Haverá também suporte à loja de aplicativos da empresa, para comprar música, filmes e mais - até houve uma versão do Netflix feita exclusivamente para o SURFACE. A grande aposta da empresa é que o SURFACE traz Office, com Word e Excel. Ou seja, pode substituir um laptop, o que o iPad não faz. Essa onda de novos lançamentos não é apenas uma releitura de seus produtos mais populares, mas também representa uma nova era para a MICROSOFT.
Também em 2012, a empresa inaugurou seu segundo centro de tecnologia na América Latina (o outro está localizado no México) e o primeiro no Brasil, na cidade de São Paulo, que possui laboratórios de soluções para indústrias e domicílios e equipamentos com capacidade de armazenar 700 terabytes, além de um datacenter com 360 processadores. Com esta iniciativa a empresa dará continuidade ao trabalho que desenvolve em outros 17 países, onde também existem os centros de tecnologia. A MICROSOFT ainda tem um departamento dedicado ao desenvolvimento de jogos, o MICROSOFT STUDIOS, onde são criados, testados e distribuídos os jogos (para plataformas como Xbox 360, Games for Windows e Windows Phone) das séries Age of Empires, Fable, Dungeon Siege, Zoo Tycoon, Halo, Supreme Commander, Microsoft Flight Simulator, entre outros de enorme sucesso entre o público. Essa divisão foi criada em 1994 com o nome de Microsoft Games, sendo uma das primeiras subsidiárias da empresa. Em 2002, passou a adotar o nome MICROSOFT GAME STUDIOS e em 2011 a designação atual.

Windows

Você já parou para pensar o que seria da MICROSOFT sem o sistema operacional Windows? Provavelmente mais uma empresa sem relevância lutando para sobreviver no voraz segmento da tecnologia. A fantástica história do Windows começou em 10 de novembro de 1983, no Plaza Hotel de Nova York, quando a MICROSOFT anunciou oficialmente o programa, próxima geração de sistemas operacionais que iria permitir o uso da chamada “Graphical User Interface (GUI) - Interface Gráfica de Usuário” para ser utilizado em ambiente dos computadores da IBM. Seria lançado com o nome de Interface Manager se não fosse Rowland Hanson, executivo do setor de marketing da empresa, que convenceu Bill Gates que a palavra Windows era mais fácil de ser pronunciada. A empresa prometeu que o programa seria lançado no mercado em abril de 1984. Ainda em novembro, Bill Gates mandou uma versão beta do programa para a IBM, porém a resposta não foi tão positiva, muito em virtude de a empresa estar trabalhando em seu próprio programa de operação de sistema chamado Top View, com base no DOS e sem nenhum GUI, lançado em fevereiro de 1985. Finalmente o Windows 1.0 foi lançado ao preço de US$ 99 nesse mesmo ano, em 20 de novembro, e competiu ferozmente com o Top View, que teve sua produção suspensa dois anos depois. Era a primeira batalha de muitas que seriam vencidas contra seus competidores. A segunda versão do programa foi introduzida em 1987, batizada de Windows 2.0. Em 1990 ocorreu o lançamento do Microsoft Windows 3.0, iniciando uma nova era na computação. O programa tinha um avançado sistema de gráficos de 16 cores e suporte total no poderoso processador 386 da Intel. Para divulgar o produto a empresa gastou milhões de dólares em publicidade. Mas foi somente em 1992 que a empresa lançou sua primeira campanha na televisão para divulgar o programa Windows.
No ano seguinte chegou ao mercado o Windows NT (abreviatura de “News Technology”), com programa operacional de 32-bit. A próxima versão, mais moderna e eficiente do programa, que já continha o navegador Internet Explorer, seria lançada no dia 22 de agosto de 1995, com o nome de Windows 95. Três anos mais tarde foi lançado mundialmente o Windows 98, segundo muitos a melhor versão do programa, conhecido pela frase “Works Better, Plays Better”, sendo o primeiro especificamente desenvolvido para os consumidores. No ano seguinte foi introduzida a segunda versão deste programa. Depois surgiram: o Windows Me, introduzido no mercado em 2000, e que encontrou forte resistência por parte dos consumidores em virtude dos problemas operacionais que apresentava; o Windows XP lançado em 2001; e o Windows Vista, introduzido no dia 30 de janeiro de 2007, e que segundo a empresa, era o sistema operacional mais seguro e estável já desenvolvido por ela, além de estar disponível para sistemas 32 bits e 64 bits. Apesar de duramente criticado, e considerado por muitos o maior fiasco tecnológico da década, o Windows Vista vendeu mais de 180 milhões de cópias em seus primeiros anos de mercado.
No dia 10 de janeiro de 2009 foi oficialmente lançada a versão de testes do Windows 7. Essa versão apresentou novidades importantes, como uma nova barra de tarefas (SuperTaskbar), novas funções de compartilhamento doméstico (grupo doméstico), Interface AERO mais leve, menor consumo de memória RAM, nova central de ações, Windows defender, mais segurança, controle de alertas do UAC e gravador de imagens ISO. Além disso, a MICROSOFT afirmou que todas as falhas e críticas que foram registradas no Windows Vista tinham sido corrigidas, entre elas o consumo de memória e sobrecarregamento de processadores excessivos, além de falta de agilidade. O programa operacional foi lançado oficialmente no mercado para o consumidor em 22 de outubro desse mesmo ano. No mês de setembro de 2011 a empresa anunciou o Windows 8, seu novo sistema operacional que conta com uma interface metro (muito diferente dos sistemas anteriores), Windows Store (loja online de aplicativos), serve para qualquer dispositivo (incluindo móveis), possui uma interface totalmente adaptada para dispositivos sensíveis ao toque e um recurso chamado de Windows To Go, que permite executá-lo inteiramente a partir de um pen drive ou de um disco rígido externo.
O logotipo do Windows também evoluiu ao longo dos tempos. A última versão foi apresentada recentemente, em meados de 2012, marcando o lançamento oficial da nova versão do sistema operacional: o Windows 8.

Internet Explorer

A MICROSOFT é conhecida mundialmente por dois produtos que se tornaram ícones da marca: o primeiro é o sistema operacional WINDOWS e o segundo é o navegador EXPLORER. As duas primeiras versões do navegador, cujo nome oficial é Internet Explorer, lançadas em 23 de agosto e novembro de 1995, respectivamente, foram praticamente ignoradas pelos usuários. Mas a terceira versão que chegou ao mercado no dia 13 de agosto de 1996 ganhou alguma atenção. Muitos lembrarão “o monstro” que foi IE4 em setembro de 1997: esta foi a primeira vez que o navegador cravou suas garras no núcleo do sistema operacional Windows, um movimento realmente audaz em um caminho para enfrentar uma série interminável de processos antitruste do Governo dos Estados Unidos e da União Europeia. A empresa melhorou muito o Internet Explorer na versão 5 (lançada em 18 de março de 1999), que derrotou comercialmente o Netscape, chegando a um monopólio virtual do mercado de navegadores, com aproximadamente 95%. A versão 6 (de agosto de 2001) foi lançada pouco antes do Windows XP, e aumentou ainda mais a posição dominante da MICROSOFT no mercado. Entretanto isso levou a um período claro de estagnação, durante o qual o IE 6 se tornou famoso por conter um número elevado de falhas de segurança.
Cinco longos anos se passaram, até que em 18 de outubro de 2006, fosse lançada a versão 7, quando o nome oficial foi então alterado de Microsoft Internet Explorer para Windows Internet Explorer. Mas nesse período um concorrente audacioso, que atendia pelo nome de Mozilla Firefox começou a trazer inovação, segurança e versatilidade, se tornando uma boa alternativa ao navegador da MICROSOFT. Com o Firefox alcançando uma participação de mercado superior a 21%, a empresa acordou e buscou alguma motivação para novamente inovar. O IE 8 começou a ser desenvolvido em agosto de 2007, e duas versões betas apareceram em 2008. No dia 19 de março de 2009 foi lançada a versão final, com uma série de melhorias e novidades. A penúltima versão do navegador, o IE9, foi lançada oficialmente em versão beta no dia 15 de setembro de 2010. Porém, neste período o navegador já tinha outro concorrente de peso, que lhe roubou a liderança de mercado: Google Chrome. Para quem foi dominante por mais de uma década, o EXPLORER possui atualmente menos de 35% de participação de mercado. A mais recente versão, Windows Internet Explorer 10 (IE10), foi lançada oficialmente em meados de 2012.
Além das novas versões que surgiram e evoluíram com o passar dos anos, a identidade visual do INTERNET EXPLORER também passou por alterações, algumas delas pouco perceptíveis aos consumidores.

A Sede
 
 A imponente sede da MICROSOFT, construída em 1986, está localizada em Redmond, um subúrbio de Seattle no estado de Washington, na costa oeste americana. É um gigantesco complexo distribuído em uma área verde de 1.1 milhões de metros quadrados, equivalente ao tamanho do autódromo de Interlagos, formado por mais de 80 edifícios baixos cercados por belos parques e quadras esportivas. Parece realmente o campus de uma universidade. Seu nome, aliás, é MICROSOFT CAMPUS. Não há porteiros e os prédios funcionam 24 horas por dia. Cada prédio do campus tem refeitório, fornos micro-ondas e geladeiras com refrigerantes (grátis), além das máquinas automáticas que vendem uma infinidade de guloseimas, como salgadinhos e doces. A qualquer hora do dia é possível observar programadores jogando basquete, vôlei e até futebol em várias quadras espalhadas pelo complexo. Os mais de 40 mil funcionários que trabalham lá, só usam terno ou tailleur em ocasiões realmente necessárias, podendo vestir bermudas e ter cabelos compridos. Eles passam a maior parte do tempo muito à vontade. Tão à vontade que em 1990 a diretoria passou uma circular proibindo os funcionários de andar descalços. Para se mover dentro do Campus, um serviço de ônibus (Shuttles Connect) traslada os funcionários de um prédio para o outro, conforme necessário. O campus também fica ligado com a cidade de Redmond, a localidade de Bellevue e a cidade de Seattle por meio de ônibus.
Não há horários fixos de trabalho, com exceção do departamento de atendimento ao usuário. Cada funcionário tem sua própria sala (2.5 por 3 metros) onde cabe uma mesa com o computador, uma estante e uma cadeira. É curioso observar funcionários trabalhando com fones de ouvido e duas telas de computador na sua frente, talvez este seja o modo ideal de trabalhar para um programador, estar em seu próprio mundo, em seu pequeno escritório e isolado para realizar suas funções. Somente diretores têm direito a alguns metros quadrados a mais. A sala dos vice-presidentes, por exemplo, é duas vezes maior que o padrão. E os escritórios de Bill Gates e Steve Ballmer não são muito maiores do que isso. O complexo conta ainda com uma área comum repletas de lojas e mais de 20 restaurantes. No prédio 92 existe uma área reservada aos visitantes onde estão localizadas uma loja MICROSOFT e o Visitor Center (um espaço com exposição de algumas tecnologias criadas pela empresa). Recentemente a MICROSOFT anunciou que investirá US$ 1 bilhão nos próximos três anos para aumentar em aproximadamente um terço a área de sua sede. Além disso, o campus recebeu softwares que diminuem o consumo de energia e devem economizar US$ 1.5 milhões no ano fiscal de 2013.

Bill Gates
 
Ele é alto e magro. Mais parece um típico NERD com seus óculos de aros grandes. Porém, demonstra ser um homem preocupado com seu físico. Parece que também inventou a elegância: é dele a maior coleção de ternos e gravatas do mundo. Parte de sua vida passa viajando em seu avião particular. Não se preocupa com a idade. É vital e positivo. Poucas pessoas nos países capitalistas do mundo nunca ouviram falar de Bill Gates. O homem que largou os estudos para fundar um império chamado MICROSOFT. Venerado por uns, odiado por outros, o fundador de uma das empresas mais poderosas e bem-sucedidas do mundo adquiriu a fama de negociador agressivo. Chegou muitas vezes a ser acusado por concorrentes de utilizar práticas comerciais desleais. Polêmicas à parte, ele se tornou um dos maiores símbolos de sucesso e riqueza da atualidade. William Henry Gates III nasceu no dia 28 de outubro de 1955 na cidade de Seattle, nos seios de uma família rica. Seu pai, William H. Gates II, foi um proeminente advogado de grandes empresas e sua mãe, Mary Gates, era professora e membro do conselho da Universidade de Washington e presidente da organização United Way International. Cresceu em Seattle, ao lado das suas duas irmãs. Cursou o ensino fundamental em escola pública. “Para nos estimular, meus pais davam a minha irmã e a mim US$ 25 quando tirávamos notas boas. Minha irmã ganhava mais porque sempre fui um mau aluno”, costuma contar ele. Como tentativa de aplacar sua rebeldia, seus pais enviaram-no para o Colégio Lakeside, onde lhe aplicaram um método acadêmico dinâmico e rigoroso através de professores efetivos que impunham aos alunos a total responsabilidade no estudo. Lá, descobriu o seu interesse em software e, aos 13 anos, começou a programar computadores. Foi onde conheceu Paul Allen e alguns dos primeiros programadores da MICROSOFT.
Este bando de adolescentes, formado por hackers e nerds, passava longas horas, dia e noite, em volta do único computador disponível na escola. Mostraram habilidade na criação de pequenas aplicações para a escola e para uma companhia de transportes, e foram convidados por uma empresa chamada Computer Center Corporation, para testar a segurança de seus sistemas. A recompensa era aquela que Gates e Allen mais desejavam: a utilização livre dos computadores da companhia. Em 1973, ele ingressou na tradicional Universidade de Harvard. Guiado pela certeza de que o computador viria a se tornar uma importante ferramenta em todo o mundo, começou a desenvolver softwares para computadores pessoais. Ainda jovem, largou a universidade, onde cursava economia, para concentrar suas energias na criação da MICROSOFT, uma empresa fundada em 1975, juntamente com o programador Paul Allen. Com a frase “um computador pessoal em cada escritório e em cada lar”, Gates conduziu a MICROSOFT para todas as áreas da indústria do software. Em sua casa o chamavam Trey, mas em seu trabalho era conhecido como Bill. Conheceu Melinda French em uma entrevista coletiva na cidade de Nova York. Casaram-se no Havaí no dia 1º de janeiro de 1994. Para evitar serem incomodados, Gates alugou todo o hotel onde celebraram o casamento, assim como todos os táxis. Hoje em dia Bill Gates tem três filhos, gosta de ler, jogar golfe e tem uma enorme simpatia por causas humanitárias. Por isso criou a Fundação Bill & Melinda Gates em 2000. Sua fortuna é calculada em US$ 61 bilhões, sendo o segundo homem mais rico do mundo segundo a revista americana Forbes de 2012.
Bill Gates anunciou no dia 16 de junho de 2006 que iria deixar progressivamente o cargo de principal executivo da MICROSOFT até 2008 para poder se dedicar à fundação de caridade Bill & Melinda Gates. Este anúncio foi ratificado no dia 6 de janeiro de 2008 quando ele subiu ao palco da Consumer Electronics Show (CES), em plena Las Vegas, e tocou uma Guitar Hero com o roqueiro Slash. O momento era de despedida. Em sua palestra, por uma hora, brincou com a futura situação de “desempregado”. Depois apresentou um vídeo simulando a busca por um novo rumo. Camisa branca, faixa na cabeça, começa a malhar sob a supervisão do mais que definido ator Matthew McConaughey. Minutos depois, quer saber: “Estou pronto para tirar a camisa?” Matthew sentencia: “Não”. Persistente, Gates liga para Bono Vox, vocalista do U2, pedindo uma vaga de guitarrista na banda – afinal já tinha acumulado bastante experiência jogando o Guitar Hero no Xbox 360. Sem jeito, diante de uma apresentação de Gates, Bono diz que a banda está completa e, portanto, não há vagas. É rejeitado por Steven Spielberg. Liga para o apresentador e âncora do The Daily Show, Jon Stewart, propondo parceria, mas não consegue. Lembra-se que este é um ano eleitoral nos Estados Unidos. Liga para os candidatos democratas à Presidência, Hillary Clinton – que, rindo sem parar, não quer lhe dar emprego – e Barack Obama – que não reconhece sua voz. Desanimado, cabeça baixa, arruma suas coisas dentro de uma caixa de papelão e a coloca no teto de um Ford Focus. Entra no carro e vai embora, esquecendo a caixa do teto. Tudo cai. O vídeo termina com o jornalista da rede de televisão NBC, Brian William, dando a notícia da saída de Gates. Ele se despede do homem que não gasta “mais de US$ 7 em um corte de cabelo”. Bill Gates deixou oficialmente o dia a dia da MICROSOFT no dia 27 de junho de 2008. Ele, como se sabe, foi se dedicar à Fundação Bill & Melinda Gates, criada há mais de dez anos para atuar em projetos filantrópicos nas áreas de saúde e educação. O executivo, porém, permanece como presidente do conselho da empresa e continua envolvido em projetos definidos pelo CEO, Steve Ballmer, e pelo time gerencial da MICROSOFT.

A Marca

A evolução do logotipo da MICROSOFT se deu de uma forma gradual ao longo dos anos. Ainda em 1975 a empresa introduziu o logotipo corporativo com a palavra MICRO SOFT separada. Novas modificações ocorreram em 1980 e 1982, quando foi introduzido o logotipo conhecido como “Blibbet” (como foi apelidada a letra O). Mas foi em 1987 que a empresa adotaria seu logotipo mais famoso e utilizado por 25 anos. Conhecido como “Pacman”, ele criado e desenvolvido por Scott Baker. O logotipo, escrito em letra Helvetica Italic, possuía a distância entre as letras S e O encurtadas para enfatizar a palavra SOFT e passar uma noção de velocidade.
No mês de agosto de 2012, em mais um esforço de renovação da marca, a MICROSOFT apresentou oficialmente sua nova identidade visual. Ao contrário da versão anterior, este logotipo, o quinto em toda sua história, é composto por duas partes: um símbolo (batizado de “live titles”, representado por quatro quadrados multicoloridos - vermelho, verde, azul e amarelo - arranjados no mesmo padrão do tradicional ícone do Windows, e que segundo a empresa representa seu diverso portfólio de produtos) e o nome MICROSOFT, sem uma “tagline” ou frase associada como ocorria no passado. A nova fonte da letra é a Segoe, a mesma utilizada na interface do Windows, comum em vários produtos e nas ações de comunicação da MICROSOFT.
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca MICROSOFT está avaliada em US$ 69.087 bilhões, ocupando a posição de número 3 no ranking das marcas mais valiosas do mundo. A empresa também ocupa a posição de número 37 no ranking da revista FORTUNE 500 de 2012 (empresas de maior faturamento no mercado americano).
A MICROSOFT atua hoje em um amplo mercado, que vai desde antivírus, buscas na Internet, telefonia celular, bancos de dados corporativos e programas de gestão empresarial para pequenas e médias empresas, até serviços on-line (portal MSN e Windows Live) e equipamentos eletrônicos (produzindo periféricos, como mouses, teclados e joysticks, jogos eletrônicos como Xbox, o tocador de MP3 Zune e mais recentemente tablets). Possui quatro avançados centros operacionais localizados em Dublin na Irlanda, Humacao em Porto Rico, Reno estado americano de Nevada e Cingapura. O faturamento internacional representa 54% do total arrecadado pela MICROSOFT, que emprega aproximadamente 94 mil pessoas em 105 países e comercializa seus produtos em 200 nações ao redor do mundo. Enquanto o sistema operacional Windows continua reinando quase que absoluto no mercado, o navegador Internet Explorer perdeu a liderança de mercado para o Google Chrome. A MICROSOFT desempenha um papel importante na vida de mais de um bilhão de pessoas todos os dias, que de forma direta ou indireta utilizam seus produtos. A MICROSOFT detém mais de 15 mil patentes, e requere cerca de 3 mil novas por ano. A empresa é uma das cinco maiores detentoras de patentes dos Estados Unidos. A maioria delas é obscura e de difícil entendimento para leigos, mas garantem inovações e protegem os interesses da empresa, além de representarem lucro com a cessão para outras companhias. A MICROSOFT incentiva a inovação concedendo bônus e outras regalias a funcionários que asseguram novas patentes.