A maior parte da
bibliografia sobre a história do design e a própria palavra
“design”, como é entendida por nós hoje, se concentra na fase
do design moderno, iniciando-se com a Revolução Industrial do
Século XIX.
A produção em série,
cada vez maior, valorizou muito o modelo a partir do qual se produzia
e, portanto, do trabalho do “artesão criador”.
No início, a indústria
causou uma grande queda de qualidade, porque os produtos não eram
necessariamente adequados às novas tecnologias. Não era
simplesmente “pegar um objeto que existia na época” e transpô-lo
para um outro sistema de fabricação. Era necessário que os
produtos fossem concebidos para serem desenvolvidos dentro desse novo
processo.
A princípio, a criação
ficava ainda a cargo do artesão, que não só criava mas também
produzia a peça. Porém, a otimização do processo fez gerar uma
necessidade no “rigor do projeto”, fazendo com que surgissem
novos profissionais especializados em projetar os produtos.
Essas mudanças na forma
de produção, cada vez mais, se fez necessário que houvesse alguém
responsável pela concepção dos objetos industriais. Essa figura
seria conhecida como Arquiteto ou simplesmente Designer.
O produto bem projetado é
esteticamente harmonioso e funcional, com design tecnologicamente
viável e ergonomicamente correto, atendendo aos usos e costumes da
sociedade, da história e dos lugares. O design do mobiliário é
muito amplo, constituído de pesquisas, de história, de cultura,
formas, cores, tendências, materiais e novas tecnologias.
Bauhaus
é uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda
que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha.
Foi uma das maiores e
mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e
na arquitetura, sendo uma das primeiras escolas de design do mundo.
A escola foi fundada por
Walter Gropius em Weimar no ano de 1919. A maior parte dos trabalhos
feitos pelos alunos nas aulas-oficinas foi vendida durante a Segunda
Guerra Mundial.
A intenção primária
era fazer da Bauhaus uma escola combinada de arquitetura, artesanato
e uma academia de artes; o que acabou sendo a base de muitos
conflitos internos e externos que se passaram ali.
O principal campo de
estudo da Bauhaus era a arquitetura (como fica implícito até pelo
próprio nome), mas também havia espaço para outras expressões
artísticas.
Um dos objetivos
principais era unir artes, artesanato e tecnologia. A máquina era
valorizada, e a produção industrial e o desenho de produtos tinham
lugar de destaque.
Não se ensinava nada de
história na Bauhaus porque se acreditava que tudo deveria ser criado
por princípios racionais ao invés de utilizar padrões herdados do
passado. Havia uma necessidade de ruptura com o passado para poder
estar aberto as novas tecnologias surgidas pela revolução
industrial.
Gropius pressentiu que
começava um novo período da história com o fim da Primeira Guerra
Mundial e decidiu que a partir daí dever-se-ia criar um novo estilo
arquitetônico que refletisse essa nova época.
Seu estilo, tanto na
arquitetura quanto na criação de bens de consumo, primava pela
funcionalidade, custo reduzido e orientação para a produção em
massa. Por essas razões, Gropius queria unir novamente os campos da
arte e artesanato, criando produtos altamente funcionais e com
atributos artísticos.
A Bauhaus havia sido
grandemente subsidiada pela República de Weimar. Após uma mudança
nos quadros do governo, em 1925 a escola mudou-se para Dessau, local
onde foi criada a Universidade Bauhaus. Nova mudança ocorre em 1932,
para Berlim.
Em 1933 a escola é
fechada por ordem do governo nazista. Os nazistas se opuseram à ela
durante a década de 20, bem como a qualquer outro grupo que tivesse
uma orientação política de esquerda. A escola foi considerada uma
frente comunista, especialmente porque muitos artistas russos
trabalhavam ou estudavam ali.
Contudo, a Bauhaus teve
impacto fundamental no desenvolvimento das artes e da arquitetura do
ocidente europeu, e também dos Estados Unidos da América nas
décadas seguintes – para onde se encaminharam muitos artistas
exilados pelo regime nazista.
O design de interiores
teve então sua origem e conquistou o mundo. A criações surgidas no
periodo Bauhaus, são únicas, famosas, verdadeiras obras de arte,
admiradas e comercializadas no mundo até hoje e sempre com destaque
e glamour, devido a sua história, assinadas por mestres, por sua
qualidade excelente e por sempre acompanhar qualquer tendência da
arquitetura moderna.