quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Mickey Mouse

 
Mickey Mouse é um personagem criado por Walt Disney e Ub Iwerks em 1928. Devido à sua história e popularidade,  Mickey acabou se tornando um símbolo para a Disney, além de ser uma figura de extrema importância para a indústria do entretenimento.

História

Tudo começou no início de 1928, quando Walt Disney voltava de trem de Nova York para Los Angeles. Ele estava arrasado, pois havia perdido para o distribuidor Charles Mintz os direitos autorais do Coelho Oswald – até então, seu personagem de maior aceitação popular. Na viagem, Disney se lembrou de um camundongo com quem ele e o animador Ub Iwerks dividiam o estúdio. Rabiscou um ratinho no guardanapo, batizou-o de Mortimer e perguntou a opinião da mulher, Lilian. Ela aprovou a ideia, mas disse que, com aquele nome, o pobrezinho não iria longe. Sugeriu Mickey. O marido aceitou a contragosto.
Iwerks deu os retoques finais no visual da figura, composta basicamente por círculos. A extrema velocidade com que desenhava (em média, 700 cenas num só dia) permitiu que, ainda naquele ano, fossem produzidos três episódios estrelados pelo roedor. O toque de gênio, no entanto, veio quando Disney decidiu incluir nos filmes sons sincronizados com o movimento das imagens, uma novidade na época – missão cumprida pelo maestro Carl Edouard e sua orquestra.
Assim, em 18 de novembro de 1928 estreou no Colony Theater de Nova York o curta-metragem “Steamboat Willie” (O Vapor Willie), que, além de ser o primeiro desenho animado sonoro da história, apresentou ao mundo o simpático Mickey Mouse – e ele jamais foi esquecido.

O Personagem

Mickey é uma figura naturalmente otimista e alegre. Dono de um coração bom, conquista todos ao seu redor com seu carisma e simpatia, e está sempre ao lado de sua namorada Minnie, seus amigos Pateta, Horácio e Clarabela, e seu fiel cão Pluto. Tem ainda dois sobrinhos chamados Chiquinho e Francisquinho.
Além de tudo isso, Mickey é com certeza um herói. Está sempre pronto para combater injustiças, e costuma enfrentar principalmente os vilões João Bafo de Onça e Mancha Negra – e ainda o arrogante Ranulfo, que vive tentando roubar sua namorada. Nas histórias em quadrinhos, Mickey pode ser visto ainda como um detetive, investigando crimes e prendendo bandidos ao lado de Pateta e o Coronel Cintra.
O estilo “bonzinho” chegou a causar problemas para Mickey. A medida que o camundongo foi se tornando um símbolo para a Disney, ficou cada vez mais difícil criar histórias para ele. Se, por exemplo, ele fosse visto perdendo a paciência, os fãs escreveriam para o edtúdio dizendo: “Mickey jamais faria isso”.


Televisão

Mickey também apareceu em várias séries e programas de TV. Um dos mais importantes foi o “Clube do Mickey” (Mickey Mouse Club), lançado em 1955 pela rede americana ABC. Apresentado por um grupo de adolescentes (que usavam chapéus com orelhas do Mickey) chamados de Mouseketeers, o programa trazia muita música, dança e desenhos clássicos da Disney. Esta primeira versão do programa ficou no ar até 1959, mas em 1977 foi lançado o “The New Mickey Mouse Club”. Em 1989 surgiu o “The All-New Mickey Mouse Club”, de onde saíram os astros da música pop Britney Spears, Christina Aguilera e Justin Timberlake.
Entre as séries animadas protagonizadas por Mickey, se destacam o “Mickey Mouse Works”, de 1999, que apresentava vários desenhos do Mickey, Minnie, Pateta, Prof. Ludovico, entre outros; e “O Point do Mickey”, de 2001, na qual o camundongo era dono de uma casa de shows que exibia diversos desenhos da Disney. Mais recentemente, estreou no Disney Channel a série “A Casa do Mickey Mouse” (Mickey Mouse Clubhouse), na qual o rato e seus amigos aparecem em 3D.

Filmes

O primeiro longa-metragem que contou com a participação de Mickey foi o aclamado “Fantasia”, de 1940. O camundongo protagonizou o segmento mais conhecido do filme. Sessenta anos depois, “O Aprendiz de Feiticeiro” ganhou uma versão digitalizada no filme “Fantasia 2000″.
No decorrer da década de 40, a Disney passou a lançar filmes de orçamento baixo, que eram basicamente vários curta-metragens interligados. O segundo longa-metragem do Mickey foi um filme desse tipo: “Como É Bom se Divertir” (Fun and Fancy Free), no qual estrelou ao lado de Pateta e Donald uma nova versão do conto “João e o Pé de Feijão”.
Nos últimos anos, foram lançados diversos filmes do Mickey em DVD: “Aconteceu no Natal do Mickey” (1999), “Mickey, Donald e Pateta em Os Três Mosqueteiros” (2004), e outros.

Quadrinhos

Mickey estreou nas tiras de jornal em 1930, pouco mais de um ano após seu surgimento nas telas dos cinemas. Durante o primeiro mês de publicação, a arte das piadinhas diárias ficou sob a responsabilidade de Ub Iwerks, que também trabalhava com as aventuras cinematográficas do ratinho. O próprio Walt Disney escreveu o roteiro das dez gags iniciais, baseando-se no desenho animado “Plane Crazy” (O Avião do Mickey), de 1928.
Nas tiras publicadas em jornais, escritas e desenhadas por Floyd Gottfredson, e ao longo das décadas de 1930, 1940 e 1950, Mickey começou a apresentar uma faceta mais detetivesca e heróica que não estava tão presente em sua versão cinematográfica. Logo em seus primeiros anos, Mickey enfrentou grandes vilões como João Bafo-de-Onça e Mancha Negra. No início dos anos 50, o quadrinista Paul Murry começou a ilustrar histórias mais longas para as revistas em quadrinhos. Nelas, com o auxílio de Pateta, Minnie, Pluto e outros amigos, Mickey começou a se envolver em tramas mais complexas e em casos cada vez mais difíceis de solucionar.
No Brasil, os quadrinhos do Mickey apareceram no início da década de 1930, na revista “O Tico-Tico”. Na época, o personagem era chamado de Ratinho Curioso. Só em 1933 ele recebeu o nome original. Um ano depois, as aventuras começaram a sair no Suplemento Juvenil e, em julho de 1950, com o lançamento da revista O Pato Donald pela Editora Abril, as histórias do Mickey passaram a ser publicadas regularmente e os leitores puderam acompanhar suas aventuras. Já na primeira edição de O Pato Donald, Mickey enfrenta vários perigos em A Selva Mágica.
A revista em quadrinhos brasileira do Mickey foi lançada pela Editora Abril em outubro de 1952. A edição de estreia trazia uma história da Cinderela, que ocupava 27 das 52 páginas da publicação. De resto, não havia mais nenhuma HQ - as demais páginas apresentavam textos ilustrados e atrações lúdicas. O Horóscopo do Pateta, por exemplo, fazia previsões astrológicas esdrúxulas; Vamos Brincar de Gato e Rato? apresentava um jogo de pista com Zezé, Tatá e Lúcifer; e o Almanaque da Vovó Donalda revelava que a velhota enviuvou porque o marido, Donaldo Patadas, afogou-se na Lagoa dos Patos. Havia ainda o informativo Em Cima da Hora, paródia do extinto jornal Última Hora. A seção festejava a conquista do Panamericano de Futebol, na época a maior glória da seleção brasileira. Mas o mais surpreendente na revista era que, apesar do título, Mickey não aparecia na capa. Ele precisou esperar nove edições para dar as caras na primeira página do próprio gibi!



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