sexta-feira, 29 de junho de 2012

Diesel



A marca DIESEL foi criada pelos italianos Renzo Rosso e Adriano Goldschmeid, este último dono de uma confecção, no ano de 1978 na cidade de Milão. O nome foi escolhido porque a palavra significava exatamente a mesma coisa em qualquer lugar do mundo e podia ser pronunciada da mesma forma em diversos idiomas. Uma indicação clara de criar uma marca de jeans com apelo global. O jeito de simplificar as coisas só deu bons resultados. A marca DIESEL foi oficialmente lançada no mercado em 1979 através de sua coleção masculina. As calças jeans com aparências de usadas fizeram os varejistas pensarem que Renzo era louco especialmente quando deu a esses jeans um preço superior. Mas os clientes pensaram de outra maneira, e a marca DIESEL começou a fazer enorme sucesso, especialmente na década de 80 quando teve um crescimento explosivo dentro do mercado italiano, passando a exportar seus produtos já no ano de 1981.
Em 1985 Renzo Rosso tornou-se o único proprietário da marca ao comprar a parte de seus sócios, se tornando o grande homem por trás da DIESEL. Cinco anos depois os jeans já eram distribuídos em butiques de 36 países ao redor do mundo. Foi deste momento em diante que a marca DIESEL começou um crescimento vertiginoso. A década também foi marcada pela diversificação de sua linha de produtos com a introdução de coleções infantis e direcionadas especificamente para mulheres. Além das tradicionais calças jeans, surgiu toda uma gama de roupa e acessórios extremamente despojados. Em 1991 a marca iniciou sua expansão internacional com o slogan “For Successful Living” (algo como “para se viver de forma bem-sucedida”), inspirado em anúncios da década de 50. Em 1996, o empresário italiano realizou sua tacada mais ousada: ingressou no mercado americano. Instalou sua primeira loja em Nova York, exatamente em frente à maior loja da Levi’s na cidade, em um ato de evidente provocação. O sucesso dos jeans caríssimos e com aparência de anos de uso foi tão grande que o mercado americano tornou-se o maior da marca do mundo.
Esta década foi o período em que a marca DIESEL mais cresceu graças às exportações. Outro fator importante para esse crescimento foi o lançamentos das coleções de óculos e relógios, além dos primeiros perfumes. Além é claro, de seus conhecidos catálogos, extremamente radicais e arrojados. Apesar disso, no final dos anos 90 o hype em torno da DIESEL se dissipou e a marca começou a confundir-se com as concorrentes, perdendo seu diferencial. Rosso reagiu: reduziu a linha de produtos, aumentou os preços das peças, cortou para metade os 10 mil pontos de venda e inaugurou lojas modernas em bairros de classe alta nas principais cidades do mundo. O novo posicionamento da DIESEL fez dos jeans uma peça de luxo e marcas como a Louis Vuitton e Hermés passaram a incluí-los em suas colecções
Recentemente a marca italiana emprestou toda sua criatividade para lançar no mercado, em parceria com a FIAT, a edição limitada do FIAT 500 by DIESEL, que possui revestimento dos bancos e painéis de porta em uma cor escurecida, muito semelhante com a tintura utilizada nas calças jeans, e costuras na cor amarela. As referências à edição especial também aparecem na manopla de câmbio e até no painel. A grife italiana elegeu recentemente seu mais novo diretor artístico, o editor e fundador da revista WAD, Bruno Collin. Sua missão neste momento é criar uma nova equipe de criação para assegurar que a marca continue a levar inovação para seus consumidores.
A DIESEL vende mais de 30 milhões de calças jeans anualmente. O jeans é feito quase que artesanalmente, em um processo que inclui lavagens à mão e água em temperatura controlada. A mão-de-obra é composta basicamente de artesãos: cada costureira da DIESEL ganha o equivalente a aproximadamente R$ 12.000 por mês. Para garantir a pronta entrega para qualquer país, a fábrica deixa à disposição, na Itália, um estoque com cerca de 400 mil peças. Com preços que variam entre US$ 150 e US$ 800 por peça, a DIESEL já deixou para trás, em termos de prestígio, marcas fortes, como a americana Calvin Klein. O sucesso da marca consiste na combinação de criatividade, originalidade, interpretação do futuro, estratégias de comunicação e tecnologia. E muita dose de ousadia, é claro. Sempre atento ao crescimento e a profissionalização do luxo no mundo, Renzo Rosso, vem expandindo seu poder adquirindo marcas já consagradas como Vivienne Westwood Red Label, NY Industry, Dsquared e a belga Martin Margel.

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