A marca
DIESEL foi criada pelos italianos Renzo Rosso e Adriano Goldschmeid,
este último dono de uma confecção, no ano de 1978 na cidade de
Milão. O nome foi escolhido porque a palavra significava exatamente
a mesma coisa em qualquer lugar do mundo e podia ser pronunciada da
mesma forma em diversos idiomas. Uma indicação clara de criar uma
marca de jeans com apelo global. O jeito de simplificar as coisas só
deu bons resultados. A marca DIESEL foi oficialmente lançada no
mercado em 1979 através de sua coleção masculina. As calças jeans
com aparências de usadas fizeram os varejistas pensarem que Renzo
era louco especialmente quando deu a esses jeans um preço superior.
Mas os clientes pensaram de outra maneira, e a marca DIESEL começou
a fazer enorme sucesso, especialmente na década de 80 quando teve um
crescimento explosivo dentro do mercado italiano, passando a exportar
seus produtos já no ano de 1981.
Em 1985
Renzo Rosso tornou-se o único proprietário da marca ao comprar a
parte de seus sócios, se tornando o grande homem por trás da
DIESEL. Cinco anos depois os jeans já eram distribuídos em butiques
de 36 países ao redor do mundo. Foi deste momento em diante que a
marca DIESEL começou um crescimento vertiginoso. A década também
foi marcada pela diversificação de sua linha de produtos com a
introdução de coleções infantis e direcionadas especificamente
para mulheres. Além das tradicionais calças jeans, surgiu toda uma
gama de roupa e acessórios extremamente despojados. Em 1991 a marca
iniciou sua expansão internacional com o slogan “For
Successful Living” (algo como “para se viver de forma
bem-sucedida”), inspirado em anúncios da década de 50. Em
1996, o empresário italiano realizou sua tacada mais ousada:
ingressou no mercado americano. Instalou sua primeira loja em Nova
York, exatamente em frente à maior loja da Levi’s na cidade, em um
ato de evidente provocação. O sucesso dos jeans caríssimos e com
aparência de anos de uso foi tão grande que o mercado americano
tornou-se o maior da marca do mundo.
Esta década
foi o período em que a marca DIESEL mais cresceu graças às
exportações. Outro fator importante para esse crescimento foi o
lançamentos das coleções de óculos e relógios, além dos
primeiros perfumes. Além é claro, de seus conhecidos catálogos,
extremamente radicais e arrojados. Apesar disso, no final dos anos 90
o hype em torno da DIESEL se dissipou e a marca começou a
confundir-se com as concorrentes, perdendo seu diferencial. Rosso
reagiu: reduziu a linha de produtos, aumentou os preços das peças,
cortou para metade os 10 mil pontos de venda e inaugurou lojas
modernas em bairros de classe alta nas principais cidades do mundo. O
novo posicionamento da DIESEL fez dos jeans uma peça de luxo e
marcas como a Louis Vuitton e Hermés passaram a incluí-los em suas
colecções
Recentemente
a marca italiana emprestou toda sua criatividade para lançar no
mercado, em parceria com a FIAT, a edição limitada do FIAT 500 by
DIESEL, que possui revestimento dos bancos e painéis de porta em uma
cor escurecida, muito semelhante com a tintura utilizada nas calças
jeans, e costuras na cor amarela. As referências à edição
especial também aparecem na manopla de câmbio e até no painel. A
grife italiana elegeu recentemente seu mais novo diretor artístico,
o editor e fundador da revista WAD, Bruno Collin. Sua missão neste
momento é criar uma nova equipe de criação para assegurar que a
marca continue a levar inovação para seus consumidores.
A DIESEL
vende mais de 30 milhões de calças jeans anualmente. O jeans é
feito quase que artesanalmente, em um processo que inclui lavagens à
mão e água em temperatura controlada. A mão-de-obra é composta
basicamente de artesãos: cada costureira da DIESEL ganha o
equivalente a aproximadamente R$ 12.000 por mês. Para garantir a
pronta entrega para qualquer país, a fábrica deixa à disposição,
na Itália, um estoque com cerca de 400 mil peças. Com preços que
variam entre US$ 150 e US$ 800 por peça, a DIESEL já deixou para
trás, em termos de prestígio, marcas fortes, como a americana
Calvin Klein. O sucesso da marca consiste na combinação de
criatividade, originalidade, interpretação do futuro, estratégias
de comunicação e tecnologia. E muita dose de ousadia, é claro.
Sempre atento ao crescimento e a profissionalização do luxo no
mundo, Renzo Rosso, vem expandindo seu poder adquirindo marcas já
consagradas como Vivienne Westwood Red Label, NY Industry, Dsquared e
a belga Martin Margel.
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