A
FORD MOTOR COMPANY foi fundada na cidade de Detroit, estado americano
do Michigan, no dia 16 de junho de 1903 por Henry Ford e mais 11
investidores, que contribuíram com US$ 28.000 cada um. O mês era
junho. O local uma pequena fábrica em Michigan, com 125
funcionários, que trabalhava a todo vapor para lançar o seu
primeiro veículo: o modelo A. O clima estava tenso e a discussão
sobre a cor do automóvel tomava conta do local. Os engenheiros não
sabiam o que fazer e perguntaram para o proprietário Henry Ford. Ele
logo respondeu: “Pode
ser qualquer cor desde que seja preto”.
Assim nasceu o ícone da indústria automobilística, o primeiro
esboço de uma linha de montagem e o primeiro carro acessível à
classe média. Em menos de um mês era entregue o primeiro carro para
o Dr. Pfennig, um dentista da cidade. Esse modelo vendeu 1.708
unidades em 15 meses, entusiasmando Henry Ford. Ainda neste ano, além
de inaugurar a primeira distribuidora de veículos da marca na cidade
de San Francisco na Califórnia, a nova empresa efetuou as primeiras
exportações para a Grã-Bretanha.

Ainda
este ano lançou no mercado o automóvel Model T, ao custo de US$ 805
(US$ 16.500 atualmente) que durante anos foi o grande sucesso da
indústria automobilística, sendo apelidado de “carro do século”.
Henry Ford maravilhou o mundo em 1914, oferecendo o pagamento de US$
5 por dia aos seus funcionários. O movimento foi extremamente
rentável; no lugar da constante rotatividade de empregados, os
melhores mecânicos de Detroit queriam trabalhar na FORD, trazendo
seu capital humano e sua habilidade, aumentando assim a produtividade
e reduzindo os custos de treinamento. Henry chamou isso de “salário
de motivação” (wage
motive).
O uso da integração vertical pela empresa também provou ser bem
sucedido quando Henry construiu uma fábrica gigantesca, onde
entravam matérias primas e de onde saiam automóveis acabados. O
intenso empenho dele para baixar os custos resultou em muitas
inovações técnicas e de negócios, incluindo um sistema de
franquias que instalou uma concessionária em cada cidade da América
do Norte, e nas maiores cidades em seis continentes.
Em
1917, a empresa produziu seu primeiro caminhão, feito sob a
carroceria do modelo T e batizado de Model TT, iniciando assim uma
longa tradição da FORD no segmento de veículos de carga. Nesse
mesmo ano, sendo Henry Ford filho de agricultor, compreendeu a
necessidade e a utilidade de aplicar a tecnologia do automóvel ao
processo da agricultura, criando juntamente com seu filho Edsel
a Henry Ford & Son Corporation,
destinada a conceber apenas tratores agrícolas. Ford não inventou o
trator, assim como não inventara o automóvel, mas, tal como fizera
com o veículo destinado a transportar pessoas, ele desenhou e
produziu um trator acessível à maior parte dos agricultores,
revolucionando a indústria do setor. Em 1918, o seu trator agrícola
começou a ser produzido em grande escala para dar resposta às
urgentes necessidades da lavoura e, a pedido do Governo Britânico,
os tratores começaram a sua rota ascendente para todo o mundo. Henry
Ford comercializou o seu primeiro trator com o nome Fordson (uma
associação do nome Henry Ford & Son Corporation).
No
dia 4 de fevereiro de 1922 a empresa comprou a montadora Lincoln
Motor, fundada por Henry Leland em 1917. No ano seguinte, Henry Ford,
preocupado com a preservação do meio ambiente, autorizou a compra
de uma fazenda para plantação de árvores, pois a empresa utilizava
madeira na confecção de muitas peças de seus carros. Era a
preocupação da FORD com a preservação do meio-ambiente. O ano de
1927 foi o último da produção do Model T, que em 20 anos vendeu 15
milhões de unidades. No ano seguinte foi lançado um novo automóvel,
uma espécie de segunda geração do Model T, e batizado como Model
A. Até 1931 foram produzidos 4.5 milhões de unidades desse modelo.
O primeiro carro desenvolvido especialmente para o mercado Europeu
foi lançado em 1932 e introduzido na Inglaterra, chamava-se Model Y.
No final desta década, em 1939, a FORD passou a disponibilizar o
motor Hercules Diesel nos caminhões e chassis de ônibus. Em 1940 e
1941 os modelos FORD sofreram suas primeiras alterações
significativas desde 1928. Com a Segunda Guerra Mundial, a produção
de automóveis civis foi interrompida e iniciou-se a produção dos
veículos chamados GP (General Propose) ou simplesmente Jeep. Mais de
250 mil Jeeps e tanques de guerra foram produzidos pela empresa nesse
período. Com o fim do conflito a empresa lentamente retomou a
produção de veículos e lançou seu primeiro automóvel pós-guerra,
o Ford 1949, além dos caminhões e caminhonetes F Series,
direcionados aos fazendeiros americanos com o slogan “Built
Stronger to Last Longer” (algo
como “Construído
forte para durar muito”).

Porém,
em pouco mais de três anos, medidas drásticas com as vendas das
deficitárias marcas de luxo Land Rover e Jaguar; a recusa em meio à
maior crise da indústria automobilística americana em aceitar o
socorro do governo; e reduzir os custos em 47%; fizeram com que a
empresa retomasse os lucros bilionários (pela primeira vez desde
2005) e ainda conseguisse ultrapassar a GM em vendas. Nos Estados
Unidos a empresa superou, em alguns momentos, a General Motors como a
número 1 em vendas, comercializando em 2010 mais de 1.9 milhões de
veículos. Globalmente a FORD ocupa a posição de número cinco em
relação ao número de veículos vendidos. E, embora não tenha
ainda chegado próximo ao primeiro lugar da Toyota, já é mais
admirada do que a rival japonesa, segundo uma pesquisa recente feita
pela Bloomberg. Recentemente em 2010, a FORD descontinuou a marca
Mercury, em mais uma medida para se tornar competitiva e mais
lucrativa.
Ford Mustang


A
quinta geração, lançada em 2005, trouxe de volta o visual do
primeiro modelo em sua versão fastback, tido como o mais bonito da
série. Essa semelhança com o modelo do passado ficou ainda mais
acentuada na versão 2010 do carro, que veio acompanhada também do
MUSTANG mais potente da história, o GT500, que possui sob o capô um
motor 5.4 V8 de 547 cv e 70 kgfm de torque. Mesmo com a crise
econômica mundial e o aumento da preocupação ambiental, o modelo
mais recente do MUSTANG foi um sucesso nos Estados Unidos. No dia de
seu lançamento, a FORD contabilizou mais de 20.000 pedidos de
encomenda da nova versão. O MUSTANG revolucionou a história dos
automóveis e, é o único compacto que nunca deixou de ser produzido
na história da indústria automobilística. Aproveitando as
convenções de Palm Beach - evento que a FORD realiza anualmente, a
montadora proporcionou uma oportunidade única para os fãs do carro:
um leilão beneficente. Os modelos Mustang GT Concept e Mustang GT
Conversível Concept, que foram apresentados no Salão de Detroit em
2003 e de lá, viajaram todos os salões americanos (no total, eles
já estiveram presentes em mais de 50 eventos), foram leiloados. Um
com a carroceria de metal na cor prata, um teto de vidro
(recentemente lançados no modelo 2009), e com um motor de 400 cv. O
Outro conversível, um Redline metálico na cor vermelha, com a
diferença na roda de 20 polegadas e na lateral. Em 2010, somente no
mercado americano, foram vendidas mais de 73 mil unidades do lendário
modelo.
Henry Ford


A
Marca
Seu
logotipo reflete todas as qualidades agregadas à marca, variando
levemente sua estrutura para estar sempre de acordo com as tendências
do período. Sua inspiração inicial foi o movimento artístico
decorrente na época, o Art Nouveau, com as mais modernas tendências
em artes e design, e estava diretamente relacionado à tecnologia e
ao uso de materiais como o ferro e o vidro em aplicações inéditas
para a época. Os gráficos são rebuscados, com muitas curvas,
caracteres trabalhados e ornamentação, exatamente como o primeiro
logotipo da marca, criado em 1903. Em 1909, o logotipo passou por uma
limpeza visual que removeu todos os adornos ao fundo e deixou apenas
o nome da marca, com tipografia renovada — um rascunho do que ele
viria a ser futuramente. Já seguindo os princípios básicos para um
logotipo funcional, há apenas o nome FORD, com adoção de uma fonte
cursiva e clássica. Este foi trocado novamente em 1912, com
tipografia mais finalizada e a volta do fundo. O logotipo ganhou a
elipse ainda neste ano, sendo esta a última mudança drástica em
sua estrutura. A tradicional cor azul foi adotada em 1928, e desde
então, o logotipo sofreu poucas alterações em sua forma se
relacionarmos com o atual, sendo as mais redundantes o achatamento e
prolongamento da elipse que envolve o nome da marca e uma tipografia
mais delicada. Em 1976, o logotipo apareceu com um ar metalizado e
mais moderno. Em comemoração ao centenário da empresa, em 2003, o
logotipo ganhou linhas mais nítidas e sombras para destacá-las e
dar mais profundidade ao nome FORD. O novo logotipo é chamado
de Centennial
Blue Oval.
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca FORD está avaliada em US$ 7.195 bilhões, ocupando a posição de número 50 no ranking das marcas mais valiosas do mundo. A empresa também ocupa a posição de número 8 no ranking da revista FORTUNE 500 (empresas de maior faturamento no mercado americano) em 2010.
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca FORD está avaliada em US$ 7.195 bilhões, ocupando a posição de número 50 no ranking das marcas mais valiosas do mundo. A empresa também ocupa a posição de número 8 no ranking da revista FORTUNE 500 (empresas de maior faturamento no mercado americano) em 2010.

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