Tudo
começou em 1864, quando Gerard Adriaan Heineken, um jovem de 22
anos, comprou com a ajuda de sua mãe a cervejaria De Hoolberg (O
palheiro,
em holandês), a maior da cidade de Amsterdã, fundada no século 16,
e que produzia uma cerveja vulgarmente conhecida como “cerveja do
trabalhador”. Não era uma marca, mas um conceito, uma bebida
concebida para a massa. O jovem empresário não queria vender
cerveja para as massas, mas sim para os cavalheiros holandeses, que
tinham um poder aquisitivo maior. Depois de uma enorme reforma a
cervejaria entrou em operação em 1868. Em busca de ingredientes de
qualidade e das tecnologias mais recentes para preparação da
cerveja ele percorreu a Europa. Na Alemanha o jovem logo identificou
uma revolução nos métodos de produção. Percebeu a importância
da mudança de alta fermentação para baixa fermentação da cerveja
e levou essa nova tecnologia para sua cervejaria em Amsterdã. A
baixa fermentação trouxe à sua cerveja uma melhoria na qualidade
muito grande em relação às demais marcas da época. Heineken
contratou em 1869 o alemão, Wilhelm Feltman, como responsável pela
fermentação de sua cerveja. Outras inovações envolveram o
desenvolvimento de novas receitas. Em 1873 a cerveja HEINEKEN’S
(que só perderia a apóstrofe e o S em 1962) foi oficialmente
lançada no mercado. No ano seguinte inaugurou uma segunda cervejaria
na cidade de Roterdã.
Mas
a grande mudança na cervejaria aconteceria em 1886 quando o Dr.
Elion, ex-estudante da escola de Louis Pasteur, desenvolveu a
famosa “Heineken
levedura A” que
ainda hoje confere à cerveja HEINEKEN seu sabor praticamente
inigualável. As vendas na Europa aumentaram continuamente nas duas
décadas seguintes. Em 1912, a empresa cresceu e acirrou a
competitividade com outras cervejarias. Para competir com Amstel,
Oranujeboom, Vam Vollenhoven e muitas outras cervejarias alemãs, a
HEINEKEN decidiu reduzir ligeiramente o preço de venda e fez
investimentos substanciais no posicionamento da marca para o mercado
local. Em 1914, Henry Pierre Heineken, filho do fundador da
cervejaria, assumiu o controle da empresa, ficando no cargo até
1940, expandindo os negócios por toda a Europa, Estados Unidos e
Ásia. Uma de suas primeiras e mais conhecidas ações de marketing
aconteceu durante as Olimpíadas de 1928, em Amsterdã, quando um
avião escreveu no céu com fumaça o nome da marca. Em 1929 a
cervejaria começou a vender a HEINEKEN em garrafas. No início da
década de 30, a HEINEKEN fez sua primeira tentativa de ingressar no
mercado asiático, inaugurando a primeira cervejaria estrangeira do
grupo em 1931 na Indonésia.
No
mercado norte-americano a HEINEKEN teve impacto quase instantâneo.
Foi a primeira cervejaria estrangeira a exportar seu produto para os
Estados Unidos depois da suspensão da Lei Seca em 1933. Os
americanos estavam acostumados com as cervejas domésticas, que se
aproximavam das cervejas européias no sabor, e gostaram da herança
da HEINEKEN Pilsner. Seu preço mais alto e a qualidade superior
funcionaram como um atrativo e rapidamente fizeram dela a cerveja
importada favorita dos americanos. Por outro lado, a marca lutou para
entrar no mercado britânico, onde as tradicionais cervejas e bitters
ainda eram mais populares que as leves e claras continentais. O
sistema de “casa amarrada” que vinculava os pubs a marcas
específicas, assim como um imposto que penalizava os tipos mais
fortes de cerveja, pioraram a situação da tradicional pilsner, que
passou a ter mais dificuldade para concorrer no mercado britânico.
Foi
então, que em 1951, a HEINEKEN introduziu uma cerveja especialmente
adaptada - mais fraca - para o mercado do Reino Unido. Essa
iniciativa era radicalmente contra a orientação da empresa, que
sempre insistiu que seu sabor único não deveria ser alterado para
agradar à gostos locais. Apesar dessa alteração, as vendas no
Reino Unido permaneceram decepcionantes até a década de 70, quando
a cerveja clara ganhou mais aceitação. Na década de 60 a empresa
iniciou a era dos investimentos e aquisições de pequenas
cervejarias e marcas. Além disso, em 1963, as primeiras 50 mil
garrafas verdes reutilizáveis foram colocadas no mercado pela
primeira vez e se transformariam em um verdadeiro ícone da marca
holandesa. No final desta década, em 1968, a marca lançou seu
primeiro comercial de televisão, tornando a HEINEKEN extremamente
popular e conhecida em importantes mercados mundiais.
Nas
décadas seguintes o grupo cresceu em uma velocidade espantosa,
expandindo-se pelo mundo inteiro, construindo inúmeras fábricas
(como em 18 de abril de 1975 quando inaugurou a maior cervejaria da
Europa na época), fixando-se em mercados, até então dominados por
cervejas locais, e transformando-se em uma das maiores cervejarias do
mundo. O resultado desta enorme e agressiva expansão pode ser
constatado na década de 80, quando a marca HEINEKEN estava
disponível em 145 países ao redor do mundo. Apesar de tradicional,
a HEINEKEN decidiu introduzir sua cerveja no mercado alemão somente
em 1992. Nos anos subseqüentes, contratos de licenciamento fizeram o
volume de exportação aumentar e a marca se tornou popular em
centenas de países pelo mundo afora.
Além
da versão LIGHT, lançada no mercado americano em 2005, a marca
produz a HEINEKEN
TARWEBOK (conhecida
no mercado americano como SPECIAL DRAK), uma cerveja escura
extremamente forte e aromática para ser consumida no outono,
produzida com um único malte e feita com um trigo
encorpado; HEINEKEN
DARK LAGER,
uma cerveja escura tipo lager;HEINEKEN
EXTRA COLD,
servida como chopp é mais cremosa e menos amarga que a tradicional;
e a HEINEKEN
OUD BRUIN,
um tipo tradicional de cerveja holandesa, batizada de “Old Brown”,
feita com maltes e cevadas escuras, que confere a essa versão um
sabor caramelizado.
Presente
no mercado brasileiro desde 1990, a cerveja HEINEKEN é produzida
pela FEMSA Cerveja Brasil sob licença e supervisão da Heineken
Brouwerijen B.V. de Amsterdã. A cerveja é 100% natural, única no
Brasil sem conservantes, produzida com levedura tipo A, exclusividade
HEINEKEN, 100% malte e lúpulo especial. O processo de fabricação
conta com cuidados totalmente diferenciados, o que lhe confere um
sabor refinado, marcante, consistente e premiado internacionalmente.
Utilizando somente água, malte de cevada, lúpulo e levedura – sem
conservantes ou adjuntos – associados a exclusivos métodos de
fabricação, o resultado é uma cerveja aromática, saborosa e com
personalidade única. No início de 2010, o grupo holandês anunciou
a compra da mexicana Femsa, dona das marcas Kaiser, Bavaria, Sol e
Xingu no Brasil, por US$ 7.6 bilhões.
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