

O
pioneirismo desses homens fez com que colecionassem outras conquistas
como a construção do primeiro ônibus, do primeiro caminhão com
motor a gasolina e do primeiro caminhão a diesel do mundo.
Em
23 de junho de 1902 o nome MERCEDES é registrado como marca e, pouco
depois, em 26 de setembro, estava protegido legalmente. Surgiu de uma
referência à Mercedes Jellinek, filha de Emil Jellinek, um
comerciante austríaco apaixonado por carros e cliente fiel de
Gottlieb Daimler. O nome Mercedes identificava os carros encomendados
por Jellinek, um entusiasta do automobilismo e consagrou-se a partir
das vitórias obtidas nas pistas. Com a fusão das empresas
Daimler-Motoren-Gesellschaft e Benz & Cia., em 1926 uniram-se
também as duas marcas: a estrela de três pontas, que identificava
os automóveis Mercedes fabricados por Daimler, e a coroa de louros,
que caracterizava os de Benz. Surgia assim oficialmente a
MERCEDES-BENZ. As duas primeiras criações de Daimler-Benz foram os
modelos Stuttgart 8/38PS, e o Mannheim 12/55PS. Em 1927 surgiu o
primeiro Mercedes-Benz modelo S, de Sportlich (esportivo em alemão),
sigla adotada até hoje na Classe S, seguido pelo SS (Super Sport) e
SSK (Super Sport Kurz, desenvolvido pelo lendário Ferdinand Porsche)
introduzidos em 1928. Foram estes modelos que estabeleceram a
reputação luxuosa dos carros MERCEDES-BENZ. Certamente os modelos
mais admirados e desejados dessa época foram os modelos 380, 500K e
540K surgidos respectivamente em 1933, 1934 e 1936.
Em
1943 a produção de automóveis e utilitários para a guerra foi
privilegiada em detrimento da produção dos carros de passeio.
Trabalhadores forçados foram também utilizados em diversas fábricas
da Daimler-Benz AG. A fábrica de Sindelfingen foi bombardeada em 18
de julho de 1944. Foram destruídos quase 80% dos prédios e
instalações, além de 50% das máquinas existentes. A fábrica foi
atingida por aproximadamente 20.000 explosivos e bombas incendiárias.
Em 1945 a fábrica foi totalmente reconstruída tendo em vista as
novas tendências de design e modernização dos automóveis para os
próximos anos. Logo após o fim da Segunda Grande Guerra, em 1946,
Daimler-Benz reiniciou a fabricação de seus automóveis. O modelo
inaugural do pós-guerra foi o 170, um automóvel idêntico ao do ano
de 1936 com algumas pequenas revisões. Nesta época a economia alemã
estava se recompondo e necessitava de automóveis populares e
econômicos. O modelo tinha um desempenho adequado com um motor 4
cilindros em linha. Por volta de 1950 a MERCEDES-BENZ estava
produzindo aproximadamente 800 carros por semana. Com a recuperação
da economia alemã, novos modelos mais potentes eram desejados pelos
consumidores. Assim surgem em 1951 os modelos, 220, 300 e 300S.
Em
1953 foi lançado o modelo 180, conhecido no mundo como Mercedes
Ponton. Os seus sucessores foram o modelo 190 e o 220S, surgidos em
1956, e o modelo 220SE (que já possuía injeção mecânica de
combustível Bosch) em 1958. Os modelos mais cobiçados da década de
50 foram o 300SL cupê, surgido em 1954, roadster (1957) e o 190SL
roadster (1955). Com o modelo 300SL cupê a MERCEDES-BENZ retornou às
pistas de corridas com vitórias seguidas e importantes. Sendo o
primeiro automóvel em produção a ser equipado com injeção
mecânica de combustível, recém desenvolvida pela Bosch, o carro
era muito rápido e resistente. Em 1960 surgiu uma nova linha de
sedãs conhecida como rabo-de-peixe, desenvolvida para atender ao
gosto dos consumidores americanos. Para substituir os sedãs da
década de 60 surgiram, em 1973 e foram até 1980, os novos W116
sedans ou 280S, 280SE, 350SE, 450SE e 450SEL. Foram construídos para
serem os melhores veículos do mundo em sua categoria e realmente o
foram.
Para
a década de 80 a linha de sedãs de luxo da montadora, os modelos S
(ainda não se havia criado o conceito de classes na linha
MERCEDES-BENZ) foram totalmente remodelados e seguiram majestosos até
a década de 90. Mas a grande revolução da década foi realmente o
chassi W201 com os modelos 190E, 190D, 190E 2.3, 190E 2.6. Esse
chassi foi o primeiro a ser destinado aos jovens empresários
europeus que ainda não possuíam condições financeiras para
adquirir os modelos mais luxuosos, porém não abriam mão de ter um
MERCEDES-BENZ. A partir de 1994, a MERCEDES-BENZ simplificou o
posicionamento dos modelos criando as famosas classes. Classe C
(substituindo as 190E), Classe E e Classe S foram criadas. A
MERCEDES-BENZ foi a primeira das marcas de luxo a lançar um SUV
(sigla em inglês para “veículo utilitário esportivo”) no final
da década de 90, inaugurando uma nova geração Off-Road com a
Classe M. Em 1998 a empresa comprou a tradicional montadora americana
Chrysler, formando a gigante DaimlerChrysler. Porém a união provou,
no decorrer dos anos, ser extremamente prejudicial à marca
MERCEDES-BENZ, que começou a ter grandes prejuízos financeiros em
virtude da burocrática e envelhecida montadora americana. A união
entre as duas montadoras viria a acabar no dia 14 de maio de 2007
separando assim as duas empresas.

AMG
Para
quem é apaixonado por carros, as três letrinhas presentes na tampa
do porta-malas de alguns dos mais caros e exclusivos modelos da
MERCEDES-BENZ não passam despercebidas. Por trás delas há mais de
40 anos de história que cunharam um verdadeiro mito. Oficialmente
nascida no dia 1 de junho de 1967, a AMG começou
a ser criada três anos antes. Em 1964, quando a MERCEDES-BENZ parou
de participar oficialmente das provas de grã-turismo com o modelo
300 SE, dois funcionários da fábrica decidiram continuar atuando,
por conta própria, na área esportiva. Apostando na popularidade do
modelo entre os pilotos e o público, Hans Werner Aufrecht, que
trabalhava na área de testes, e o engenheiro Erhard Melcher,
começaram a usar suas horas de folga para preparar motores V8 e V12.
Um de seus primeiros projetos foi criar um novo comando de válvulas
para o motor do SE, que elevou sua potência de 218 cv para 238 cv. O
equipamento logo foi levado para as pistas e, em 1965, um 300 SE
equipado com ele, pilotado por Manfred Schiek, venceu dez corridas do
Campeonato Alemão.

Um
dos últimos modelos desenvolvido pelo estúdio foi o SLK
55 AMG Black Series,
que traz o propulsor 5.5l V8 de 400 cv. Vale lembrar que a
MERCEDES-BENZ levou ao Salão de Nova York o CL 65 AMG, modelo
comemorativo aos 40 anos da tecnologia AMG. Trata-se de um cupê de
alta performance, equipado com motor V12 de 612 cavalos de potência.
Outra obra-prima recente é o esportivo CLS
63 AMG equipado
com o novo motor AMG 5.5 V8 biturbo, de 557 cavalos de potência
máxima, com injeção direta de gasolina por jatos dirigidos, cárter
totalmente em alumínio e tecnologia de quatro válvulas com ajuste
do eixo de comando, inter-resfriamento ar/água e do gerenciamento do
gerador. O CLS 63 AMG é o primeiro automóvel do mundo a oferecer
faróis com a tecnologia LEDs de alto desempenho de série (que
imitam a luz do dia). Hoje em dia a divisão AMG é mais uma
fabricante de motores, além de participar do processo de
“envenenamento” dos modelos da MERCEDES-BENZ que carregam a
mítica insígnia. São produzidos mais de 100 motores por dia, numa
unidade fabril de 40 mil metros quadrados e que emprega cerca de 750
funcionários. Para se ter uma idéia, a filosofia da AMG é “um
homem, um motor”.
Ou seja, em uma placa de titânio do motor, quem foi responsável por
sua montagem deixa o nome gravado. Nada mais exclusivo. Além disso,
a tendência esportiva aparece em pequenos detalhes do visual. Não
existe um pacote de equipamentos pré-determinado para todos os
modelos, mas sim um projeto para cada carro, que pode receber
ponteiras cromadas, kit aerodinâmico, ser rebaixado etc. O interior
também traz itens exclusivos, como o RACETIMER, que cronometra o
tempo de um percurso como se o motorista estivesse em uma corrida, e
as borboletas para a troca de marchas, que são em alumínio e ficam
no volante, como nos carros de Fórmula 1. O sistema AMG SPEED SHIFT,
que equipa todos os automóveis da divisão, dá ao motorista a
liberdade de escolher entre a condução modo esportivo ou conforto.
A suspensão também se adapta à seleção feita. O nome AMG foi
herdado de seus proprietários: Hans Werner Aufrecht (A) e seu sócio
Erhard Melcher (M). O "G" vem de GroBaspach, terra-natal de
Aufrecht.
As
flechas de prata


O
museu
A
marca que inventou o automóvel também reinventou o museu do
automóvel. No dia 19 de abril de 2006, foi inaugurado na cidade de
Stuttgart, na Alemanha, o Novo
Museu Mercedes-Benz.
Construído em tempo recorde, foram necessários apenas dois anos e
meio, o novo museu possui um design arrojado, além de ser o único
no mundo que apresenta 120 anos da história da indústria
automotiva, desde o seu princípio.

Uma
novidade: o museu também documenta os mais de 100 anos de história
de veículos comerciais da empresa. Os visitantes podem trocar de
rota a qualquer momento. Ambas terminam na curva “Flechas
de Prata - Corridas e Recordes”,
onde estão expostas as lendárias MERCEDES-BENZ que marcaram época
nas pistas de competições. Nesta área, também são exibidos
trechos de filmes de corridas históricas. Pertences de famosos
pilotos de corrida, dois simuladores e um workshop de corrida
oferecem aos visitantes uma oportunidade de ingressarem no fascinante
mundo das competições.
A
exposição “A
Fascinação da Tecnologia”,
que pode ser acessada individualmente, ocupa uma posição especial.
Exibida num contexto altamente sofisticado, ela proporciona conhecer
o dia-a-dia de trabalho dos engenheiros de desenvolvimento da
MERCEDES-BENZ, e, portanto, observar o futuro do automóvel.
As “Salas
de Coleção” mostram
a variedade de veículos MERCEDES-BENZ de acordo com tópicos. Estes
tópicos vão desde o transporte por ônibus, táxi e automóveis até
o transporte de mercadorias e distribuição, passando pela “Galeria
de Ajudantes” em
combate à incêndios, serviços de emergência e operações
municipais até veículos VIPs e, finalmente, a“Galeria
de Heróis” -
um número incontável de veículos altamente eficientes que
continuam a realizar suas atividades pelo mundo. Nestas salas o
visitante pode apreciar exposições como o ônibus Mercedes-Benz O
305; o famoso “Millipede” - o caminhão pesado LP 333; o veículo
de combate à incêndio LF 3500 ou o “Papamóvel” usado pelo Papa
João Paulo II. São veículos que têm uma história própria e, em
alguns casos, também ajudaram a escrever a história.
Também
estão disponíveis aos visitantes um restaurante, um café e várias
lojas. Uma ligação direta com o Centro Mercedes-Benz também
possibilita uma transição da lendária MERCEDES-BENZ desde os
modelos clássicos até a atual linha de produtos. Em 2011, para
comemorar a data dos 125 anos da MERCEDES-BENZ o museu organiza uma
exposição especial intitulada“Como
tudo começou”,
que apresenta documentos originais sobre Karl Benz e Gottlieb
Daimler.
A
Marca
O
mundialmente famoso símbolo da MERCEDES-BENZ teve um início
profético. Representando a triplicidade das atividades da Daimler,
fabricante de motores para uso em terra, mar e ar, a estrela de três
pontas foi adotada como logotipo em 1909, após a morte de Gottlieb
Daimler, apesar de ter aparecido pela primeira vez no ano de 1901 em
um automóvel da marca. Foi inspirada em uma figura que ele havia
desenhado em um cartão postal, o qual remeteu à sua esposa com o
seguinte comentário: um dia essa estrela brilhará sobre a minha
obra. Ao longo dos anos, o símbolo passou por várias alterações.
Em 1923 foi acrescentado o círculo. E três anos depois, com a fusão
das empresas Daimler e Benz, foi incluída a coroa de louros,
pertencente ao logotipo da Benz. A forma definitiva foi adotada em
1933 e desde então se mantém praticamente inalterada.
Segundo
a consultoria britânica Interbrand, somente a marca MERCEDES-BENZ
está avaliada em US$
25.179 bilhões,
ocupando a posição de número 12 no ranking das marcas mais
valiosas do mundo.
Lançadora
de tendências tecnológicas, hoje a MERCEDES-BENZ oferece onze
séries de automóveis, compreendendo 109 versões de modelos que
englobam praticamente todos os segmentos. A abrangência da gama de
produtos é uma das principais razões pela qual foram vendidos, em
2010, 1.178.300 automóveis da marca, gerando um faturamento de €53.4
bilhões. A marca tem hoje aproximadamente 6.4 milhões de clientes,
proprietários de aproximadamente 10 milhões de automóveis. Os
maiores mercados da marca alemã são Alemanha, Estados Unidos,
China, Reino Unido, Itália e França. Além de produzir automóveis
de passeio, a empresa alemã fabrica também motores para aviões,
caminhões (em 2010 vendeu 355.300 unidades), vans comerciais
(224.200 unidades foram comercializadas em 2010) e ônibus (com
vendas de 39.100 unidades em 2010). Atualmente fabrica também
protótipos de motores para a equipe de Fórmula 1 da McLaren e da
Force India, além de manter sua própria equipe na principal
competição do automobilismo mundial.
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